Data Protection Officer: O que faz, competências e salário deste profissional

Você sabe o que as profissões do futuro têm em comum? Todas elas são advindas da revolução tecnológica em curso que estamos testemunhando. Aliás, junto com os benefícios da tecnologia também vêm suas falhas, tornando necessária a criação de mecanismos legais como a LGPD e novas profissões como o Data Protection Officer (DPO).

Profissionais de alguns tipos de ramos podem se especializar e atuar como DPO, uma vez que a LGPD não estabelece nenhuma formação obrigatória específica. Então, se você se interessa por saber mais sobre o Data Protection Officer, suas funções, salário e o perfil profissional necessário para exercer essa atividade, acompanhe este artigo da Restart Me!

Data Protection Officer: A função necessária para cumprir com a LGPD

Com o crescimento da digitalização de dados, essas informações passaram a fazer parte de um intenso tráfego online. Contudo, com esse enorme fluxo de dados e informações pessoais sendo cada vez mais agrupados, monitorados e vendidos por empresas e organizações, questionamentos e debates sobre a segurança passaram a acontecer em todo o mundo.

Para superar esse problema, foi idealizado o GDPR (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados – 2016), projeto aplicado na União Európeia. E assim, no Brasil, inspirada no GDPR, surgiu a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), sancionada em 2020 com o objetivo de regular as atividades de tratamento de dados pessoais.

De lá para cá, muitos desafios foram impostos às pequenas e médias empresas que coletam e tratam dados pessoais no país. Então, além de demonstrar à classe empresarial a importância de tratar devidamente os dados pessoais, foi necessária uma grande força para educar sobre as disposições da lei, como se aplicam e como se adequar aos processos.

Nesse contexto, o Data Protection Officer (DPO) é o profissional responsável por supervisionar a estratégia de proteção de dados de uma empresa e sua implementação para garantir a conformidade com os requisitos da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Quais empresas precisam de um DPO?

De acordo com a legislação mais recente – que já está em vigor –, microempresas, empresas de pequeno porte e de grande porte precisam contar com o profissional DPO. Assim, a lei serve para qualquer empresa que possua um CNPJ e que, de alguma maneira, tenha dados de clientes armazenados – de um consultório médico até uma grande companhia.

Na realidade, o próprio responsável pela empresa pode se responsabilizar pelo devido tratamento dos dados – na prática, é isso que a lei exige. Porém, torna-se inviável para os empresários, que acabam contratando internamente ou terceirizando essa função – sob o risco de a empresa ser removida do mercado ou até mesmo de sofrer com multas.

Por causa desse receio, o Data Protection Officer despontou entre as 30 profissões mais disputadas em 2021, segundo um material produzido pelos consultores de carreira da Page Executive e divulgado pelo PageGroup. Com base nisso, você já pode imaginar que esse ramo profissional possui enorme potencial de crescimento nos próximos anos, não é?

Esse ranking, somado ao fato de que muitas empresas ainda não se adequaram à LGPD, nos traz expectativas bastante promissoras a respeito do futuro desse ofício.

Perfil profissional para se tornar um Data Protection Officer

O profissional DPO é encarregado tanto pelo empresário como também pelo operador – isto é, quem manuseia os dados – para fazer o controle e observação das informações. Ao mesmo tempo, ele atua como um canal de comunicação entre o controlador e titulares de dados (no caso, os clientes, por exemplo) e a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados).

Apesar da legislação não ser muito clara sobre o perfil profissional para atuar como um DPO, nós acreditamos que poderemos ajudar com algumas sugestões.

As empresas costumam exigir profissionais com perfil interdisciplinar, isto é, indivíduos que combinem habilidades de diferentes áreas. Se você possui bom conhecimento das leis e práticas do setor, de governança de tecnologia, cyber security, gestão de processos e gestão de qualidade, administração e boa comunicação, já possui alguns dos requisitos desejáveis.

Para ser um Data Protection Officer, além dos requisitos anteriores, é desejável possuir alguma certificação – sendo esta, inclusive, a exigência de algumas multinacionais. Assim, para conquistar a certificação e demonstrar o conhecimento e competências necessárias, o profissional precisa ser aprovado em três exames aplicados pelo EXIN.

• Information Security Foundation (ISFS);
• Privacy & Data Protection Foundation (PDPF);
• Privacy & Data Protection Practitioner (PDPP).

Qual é o salário de um DPO?

O salário de um DPO é bastanta atrativo e está acima da média para o padrão nacional – o que incentiva profissionais que possuem um bom tempo de estrada e seguem em busca de estabilidade financeira e conforto. Assim, o salário de DPO deve chegar a R$ 20 mil.

No entanto, a especialização faz toda a diferença para comprovar o domínio técnico e conquistar a confiança necessária que o levará ao sucesso financeiro na área.

Mas, indo além dos benefícios salariais, a profissão de DPO em empresas estratégicas também poderá envolver benefícios adicionais, como plano de saúde e seguro de vida.

Dê um rumo para sua carreira através de um método estruturado

Profissionais experientes que estão avaliando novas oportunidades de carreira após os 50 anos e desejam permanecer no mundo corporativo podem encontrar um cenário promissor ao atuarem como um DPO. A experiência acumulada, com ampla gama de habilidades e conhecimento adquiridos ao longo da carreira, pode ser aplicada no papel de DPO.

A vantagem também é que a porta de entrada para essa área não é muito complexa, uma vez que um dos artigos do regulamento da LGPD diz que o profissional precisa apenas ter “conhecimento especializado das leis e práticas de proteção de dados”. Assim, profissionais de áreas como Direito, TI, gestão de processos e administração podem buscar esse área e se especializarem.

Em seu processo de transição, um coach poderá fornecer a orientação e suporte necessários. Isso irá garantir que você siga no caminho certo para atingir seus principais objetivos de carreira e – é claro – de vida. Não importa se é uma mudança sigficativa ou apenas uma mudança natural, um programa de carreira pode ser uma ótima forma de impulsionar sua jornada para novos horizontes.

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